Entrevista com a Professora Valquíria L. Becker
Leciona aulas de biologia no 1º, 2º e 3º colegial na Escola Estadual Major Juvenal Alvim na cidade de Atibaia – SP
1) Qual a importância de ensinar genética para os alunos do ensino médio?
Visando somente o ensino médio e até deixá-lo antenado com tudo o que está acontecendo no mundo, porque está surgindo novas doenças, é o conhecimento do próprio organismo, próprio corpo, dos diversos seres vivos que existem, e de toda essa diversidade.
Como é que surge toda essa diversidade? É porque alguma mutação em algum momento aconteceu.
Então, é muito importante, mesmo para compreensão de tudo o que acontece no mundo, e em nós mesmos.
2) No geral, quais são os desafios do professor no ensino de genética?
Ensinar matemática, principalmente fração, pois os alunos tem dificuldade com fração e também há o problema relacionado com a interpretação de texto.
3) Na sua opinião, como o ensino de genética pode auxiliar os alunos na formação do conhecimento científico?
A parte da genética em si, acomete todas a séries, porque se começa a falar de DNA, e os alunos associam com a atualidade. Pois todos já ouviram falar sobre teste de paternidade ou DNA, só não sabem o que é na íntegra. Começam a ter noção, já no ensino fundamental, e revêem tudo no terceiro colegial. Assim sendo complementado sobre o ssunto. Auxilia o conhecimento científico do aluno. Utilizamos de experiências em laboratório, excursões, etc. tudo é válido para complementar os conceitos.
4) Na sua opinião qual é o melhor método para apresentar a genética aos alunos?
Em primeira instância, fazendo a comparação do próprio conhecimento do aluno, então em primeiro momento, quando se começa a falar de genética, a primeira coisa são as comparações óbvias (se tem alguma coisa parecida com a mãe, pai ou avós), então chama -se a árvore genealógica para a pessoa fazer as comparações naturais, compara-se com outros seres vivos, pois sabe - se que a genética segue uma lógica, mesmo sabendo que aberrações acabam surgindo, mas não é o que o ser não seja fruto daquele antecessor, sabe-se disso, é que ocorrem algumas alterações em termos de DNA que dificultam inclusive essa análise. Sabemos que pessoas que são siameses, ou que possuem outras aberrações, então os alunos também conhecem essas situações, então você verifica tudo isso, a vivência do próprio aluno é importante, e a partir daí, começa a se desenvolver o trabalho
O aluno tem que ser orientado a interpretar um texto e então, baseado no texto da genética, começar a fazer a interpretação, grifando, sublinhando, destacando qual a letra do exercício, quais as características da parte masculina e feminina, para depois, didaticamente/pedagogicamente, seguir a lógica que foi ensinada, e depois a interagir com outros símbolos e figuras, que podem estar representando a árvore genealógica (Heredograma).
Outra forma de interagir, são as duplas, onde um aluno poderá auxiliar e ajudar o colega. Onde, os alunos que dominam mais o assunto, possam inclusive, auxiliar os outros, como um monitor, recebendo, se necessário, um ponto por isso.
5) Qual a maior dificuldade de aprendizado dos alunos?
A maior dificuldade dos alunos, é a interpretação de texto em genética, pois quando eles têm que interpretar texto de genética, porque a gentética é uma miscigenação, você tem que saber interpretar texto, então entra português, você tem que ter uma noção de matemática, seja ela em porcentagem, seja ela em fração e além de tudo tem que aplicar a fórmula genética, em cima daquilo tudo, então isso é muito dificultoso, porque o aluno tem grandes dificuldades atualmente em interpretação de texto, então ele não sabe o que o exercício pede, o que o exercício quer.
6) Na sua opinião, debates em sala de aula sobre o assunto, se fazem importantes? Porque?
Sim, porque em virtude da complexidade deste assunto, da importância que ele traz , para a atualidade, para identificação inclusive da cura de várias doenças, pois sem o conhecimento da parte da genética e sua discussão, fica muito difícil as pessoas se interarem.