sábado, 27 de junho de 2009

Entrevista com um profissional que leciona na área, dando aulas de genética

Entrevista com a Professora Valquíria L. Becker

Leciona aulas de biologia no 1º, 2º e 3º colegial na Escola Estadual Major Juvenal Alvim na cidade de Atibaia – SP

1) Qual a importância de ensinar genética para os alunos do ensino médio?

Visando somente o ensino médio e até deixá-lo antenado com tudo o que está acontecendo no mundo, porque está surgindo novas doenças, é o conhecimento do próprio organismo, próprio corpo, dos diversos seres vivos que existem, e de toda essa diversidade.

Como é que surge toda essa diversidade? É porque alguma mutação em algum momento aconteceu.

Então, é muito importante, mesmo para compreensão de tudo o que acontece no mundo, e em nós mesmos.

2) No geral, quais são os desafios do professor no ensino de genética?

Ensinar matemática, principalmente fração, pois os alunos tem dificuldade com fração e também há o problema relacionado com a interpretação de texto.

3) Na sua opinião, como o ensino de genética pode auxiliar os alunos na formação do conhecimento científico?

A parte da genética em si, acomete todas a séries, porque se começa a falar de DNA, e os alunos associam com a atualidade. Pois todos já ouviram falar sobre teste de paternidade ou DNA, só não sabem o que é na íntegra. Começam a ter noção, já no ensino fundamental, e revêem tudo no terceiro colegial. Assim sendo complementado sobre o ssunto. Auxilia o conhecimento científico do aluno. Utilizamos de experiências em laboratório, excursões, etc. tudo é válido para complementar os conceitos.

4) Na sua opinião qual é o melhor método para apresentar a genética aos alunos?

Em primeira instância, fazendo a comparação do próprio conhecimento do aluno, então em primeiro momento, quando se começa a falar de genética, a primeira coisa são as comparações óbvias (se tem alguma coisa parecida com a mãe, pai ou avós), então chama -se a árvore genealógica para a pessoa fazer as comparações naturais, compara-se com outros seres vivos, pois sabe - se que a genética segue uma lógica, mesmo sabendo que aberrações acabam surgindo, mas não é o que o ser não seja fruto daquele antecessor, sabe-se disso, é que ocorrem algumas alterações em termos de DNA que dificultam inclusive essa análise. Sabemos que pessoas que são siameses, ou que possuem outras aberrações, então os alunos também conhecem essas situações, então você verifica tudo isso, a vivência do próprio aluno é importante, e a partir daí, começa a se desenvolver o trabalho em cima. Essa é a parte inicial da metodologia, outra parte, principalmente na resolução de exercícios, é você ter uma seqüência.

O aluno tem que ser orientado a interpretar um texto e então, baseado no texto da genética, começar a fazer a interpretação, grifando, sublinhando, destacando qual a letra do exercício, quais as características da parte masculina e feminina, para depois, didaticamente/pedagogicamente, seguir a lógica que foi ensinada, e depois a interagir com outros símbolos e figuras, que podem estar representando a árvore genealógica (Heredograma).

Outra forma de interagir, são as duplas, onde um aluno poderá auxiliar e ajudar o colega. Onde, os alunos que dominam mais o assunto, possam inclusive, auxiliar os outros, como um monitor, recebendo, se necessário, um ponto por isso.

5) Qual a maior dificuldade de aprendizado dos alunos?

A maior dificuldade dos alunos, é a interpretação de texto em genética, pois quando eles têm que interpretar texto de genética, porque a gentética é uma miscigenação, você tem que saber interpretar texto, então entra português, você tem que ter uma noção de matemática, seja ela em porcentagem, seja ela em fração e além de tudo tem que aplicar a fórmula genética, em cima daquilo tudo, então isso é muito dificultoso, porque o aluno tem grandes dificuldades atualmente em interpretação de texto, então ele não sabe o que o exercício pede, o que o exercício quer.

6) Na sua opinião, debates em sala de aula sobre o assunto, se fazem importantes? Porque?

Sim, porque em virtude da complexidade deste assunto, da importância que ele traz , para a atualidade, para identificação inclusive da cura de várias doenças, pois sem o conhecimento da parte da genética e sua discussão, fica muito difícil as pessoas se interarem.

terça-feira, 10 de março de 2009

Que tal fazermos uma célula?

Para construir a nosssa célula precisaremos de:

- um saco plástico pequeno e um outro bem maior (aqueles usados com seladora de
cozinha ou para comida congelada);
- Uma substância melosa e que tenha cor , por exemplo Karo marrom;
- Uma substância melosa e incolor, por exemplo Karo transparente;
- Fios de linha colorida, bem enroladinha;

- Pequenos objetos para simbolizar as organelas;
- Seladora para fechar os invólucros.

Vamos montar:

Comecemos pelo núcleo da célula, lembrando que, em média, o núcleo de uma célula mede seis micromêtros - ou seis milésimos de milimêtros; ou seis milionésiomos de metro. No caso plástico pequeno, coloque a solução como Karo marrom, por exemplo. Para simbolizar o DNA, você pode utilizar 2 ou 3 pares de fios de linha colorida (cada par de uma cor e tamanho), que se destaque junto ao Karo, e deixar bem enroladinha. Se fosse desenrolado e alinhado, o DNA contido nos 46 cromossomos de uma única célula humana formaria um filamento extremamente fino, medindo 3,6 m de comprimento. Certifique-se que os fios apareçam mesmo embebidos na solução de Karo.
Com a seladora, feche o saco pequeno e o coloque dentro do saco grande, de modo que o saco menor não tenha espaço para se movimentar muito, pois o núcleo da célula tem uma posição mais ou menos definida. Mas não aperte demais, que é para não perder a fluidez.
No saco grande, será preciso colocar a substância incolor, o Karo transparente, simbolizando o citoplasma. Diferentes objetos podem ser usados para simbolizar organelas. Por exemplo um chiclete de bola cortado com um estilete, ou mesmo inteiro, pode ser a mitocôndria (coloque vários chicletes, pois numa células existem várias mitocôndrias!), amendoins pequenos podem ser os ribossomos, uma bala pode ser complexo de Golgi, purpirina espalhada pode representar as proteínas; fitas bem finas (cerca de 5 mm, feitas de bexiga de uma cor) como mini-botões colados a elas e presos em fileiras ao redor do núcleo podem representar o sistema retpiculo endoplasmático rugoso. Feche o saco grande com a seladora.

E esta pronta a sua célula!!!

Experiência recomendada para o oitavo ano do Ensino Fundamental ou primeiro ano do Ensino Médio.

Experiência retirada da revista revolução Genômica.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Uma receita caseira para extração de DNA de morango.


Materiais:
- Saco plástico tipo "zip loc"
- 3 morangos frescos (frescos ou congelados)

- 1 copo

- 150 ml de solução de extração de DNA (veja abaixo)

- 1 peneira
- Álcool eílico (92,8º INPM)
- 2 tubos de ensaio limpo

- 1 bastão de vidro ou palito de madeira (churrasco)

Procedimento:

- Solução para a extração de DNA: misture 150 ml de água, uma colher de sopa de detergente e uma colher de chá de sal de cozinha. Para facilitar o processo, pode-se aquecer a água por 15 segundos em microondas, potência média , antes de usar. Mexer bem, porém cuidadosamente para não fazer muita espuma.

1. Tirar a folha verde de 3 morangos. Colocar dentro de um saquinho plástico para a maceração e pressionar entre os dedos até obetr uma pasta quase homogênea. Transferir a massa de morango para um copo, vertendo o conteúdo do saco plástico.


2. Colocar cerca de 50 ml da solução de extração de DNA sobre a massa do morango. Vedar bem o saco e misturar levemente com a colher por 15 minutos.


3. Incubar a temperatura ambiente por 30 minutos. Mexer de vez em quando.

4. Colocar uma peneira sobre o copo limpo e passar a mistura pela peneira para retirar os pedaços de morango.

5. Dividir o líquido resultante em dois tubos de ensaio. Colocar cerca de 3 dedos no fundo do tubo.


6. Despejar delicadamente sobre a solução nos tubos dois volumes de álcool comum. Não misturar o álcool com a solução. Aguardar cerca de 3 minutos para o DNA começar a precipitar na interfase, ocorrendo a separação da pectina (fase superior) e do DNA (fase intermediária).


7. Usar um palito de vidro ou madeira para enrolar as moléculas de DNA. Gire o palito na interface entre a solução e o álcool.


E esta separado o DNA do morango !!

Material indicado para o 3º ano do Ensino Médio
Matéria tirada da revista Revolução Genômica, Instituto Sangari.

Daltonismo

Daltonismo (discromatopsia ou discromopsia) representa uma anomalia hereditária recessiva ligada ao cromossomo sexual X, caracterizando a incapacidade na distinção de algumas cores primárias, por exemplo, a situação onde a cor marrom é a indicação da leitura visual realizada por um portador daltônico, quando a real percepção deveria ser a verde ou vermelha. Esse tipo de confusão daltônica é a mais comum dentre os casos existentes.

Por se tratar de uma anormalidade relacionada ao sexo, existe distinta interpretação genotípica e respectivos fenótipos para os gêneros masculino e feminino.

Assim, é observado com mais freqüência em homens do que em mulheres, devido o gênero masculino possuir apenas um cromossomo X (o outro é Y), enquanto o feminino possui dois X (portanto XX).

Dessa forma, uma mulher daltônica necessariamente deve possuir genótipo homozigótico recessivo XdXd. A heterozigose XDXd ou XdXD (apenas uma inversão na posição convencional da escrita), não condiciona a manifestação da anomalia, mas indica que essa é portadora e pode transmitir a característica em questão aos descendentes.

Em homens, basta o seu único cromossomo X possuir o gene recessivo, que esse será daltônico.

Sexo

Genótipo / Fenótipo

Masculino

Xd Y / daltônico
XD Y / normal

Feminino

XdXd / daltônica
XDXd ou XdXD / normal
XDXD / normal



O teste mais comum é mais fácil para observar se a pessoa tem ou não o daltonismo, é falar para ela olhar este circulo abaixo e falar qual o número que tem dentro.







Material indicado para o 3º ano do Ensino Médio
Matéria tirada da revista Revolução Genômica, Instituto Sangari.

Temos muitos genes em comum com...




Moscas - das - Frutas (Drosophila melanogaster)............45%
Camundongo (Mus musculus).........................................89%
Verme (Caenorhabditis elegans)......................................26%
Levedura (Saccharomyces cerevisiae)..............................28%
Erva (Arabdopsis thaliana)..............................................21%
Peixe-zebra (Danio rerio).................................................83%
Bactéria do intestino (Escherichia coli)............................09%
Chimpanzé (Pan troglodytes)...........................................95%
Rato (Rattus rattus).........................................................90%
Arroz (Oryza sativa)........................................................11%



Estes são os dados, são muito legais para se levar em sala de aula, pois são fatos super interessantes, que deixará todos super curiosose entrará numa saudável discussão em sala.

Material indicado para o 3ºano do Ensino Médio
Matéria tirada da revista Revolução Genômica, Instituto Sangari.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Extração de DNA de um bife de fígado



Materiais necessários:

- Um bife de fígado de aproximadamente 300 gr
- Liqüidificador doméstico
- Sal
- Detergente de lavar louça transparente
- Água morna
- Copos de vidro transparente
- Palitos
- Álcool (isopropanol)
- Um coador


Procedimento:

Corte o bife em pequenos pedaços
Coloque no liqüidificador
Adicione água morna com sal (aproximadamente 5 pitadas)
Bata por uns 10 segundos
Passe a mistura para um copo através do coador. Encha mais ou menos metade do copo Misture no copo, lentamente para não fazer bolhas, 2 a 3 colheres de chá de detergente
Lentamente adicione o isopropanol no copo até encher. Não misture o álcool com a solução, deixe o álcool permanecer como um camada isolada no topo da solução
Espere uns 5 minutos
O DNA deverá surgir na superfície da solução.



Esta experiência pode ser aplicada na 8º série do Ensino Fundamental ou 3ºano do Ensino Médio.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Tipagem Sanguínea


Para esta experiência precisaremos de:
- Dois voluntários da classe;
- Lâmina de microscopia;
- Soro anti- A e anti- B;
- Agulha descartável;
- Duas gotas de sangue.

Coloque uma gota do soro anti - A e soro anti-B sobre a lâmina, uma gota do lado da outra, faça um furo com a agulha descartável, no dedo dos voluntários e pingue uma gota de sangue sobre as gotas dos soros.

Resultado:
Se aglutinar no soro anti-A, a tipagem é A
Se aglutinar no soro anti-B, a tipagem é B
Se aglutinar no soro anti-A e o soro anti-B, a tipagem é AB
Se não aglutinar nenhum dos soros , a tipagem é O.

Esta experiência pode ser aplicada na 8º série do Ensino Fundamental ou 3ºano do Ensino Médio.